Um passo significativo foi dado para que o Rio de Janeiro volte a ter um autódromo, em Deodoro, em condições de receber as principais competições nacionais e internacionais do esporte à motor. Com as presenças do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do prefeito do Rio, Eduardo Paes, do secretário da Casa Civil do Estado, Régis Fichtner, do presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Cleyton Pinteiro, entre outras autoridades do esporte e pilotos, foi assinada, a transferência do terreno de 2.100.000 m² onde será construído o novo autódromo da cidade, até então do Exército, para o ministério do Esporte.
Também presente ao evento, o secretário nacional de esporte de alto rendimento do ministério do Esporte, Ricardo Leyser, lembrou que o acesso ao novo circuito será facilitado porque, além do alargamento da Av. Brasil e das vias do seu entorno, próximo ao circuito haverá o Parque Radical, para as Olimpíadas de 2016. Ainda segundo o secretário, a construção do autódromo vai permitir a restauração de uma área verde (não mata atlântica). “Agora sim, haverá a preservação e aumento da área verde no local”.
Segundo engenheiros da Fundação Getúlio Vargas que prepararam o projeto executivo, o término da licitação da obra pelo governo estadual será em julho de 2013. Um ano depois, a pista já estará em condições de receber competições. Em janeiro de 2015, todas as instalações estarão concluídas de acordo com as exigências da Federação Internacional de Automobilismo. Além de mezaninos para escritórios das equipes dentro de cada boxe, haverá passagens subterrâneas para serviços variados, que poderão ser executados sem atrapalhar as disputas. O projeto permite eventos simultâneos como: competições automobilísticas, provas de kart e treinamentos de direção defensiva.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a cerimônia ratificava o compromisso que a Prefeitura assumiu com a CBA “de manter o automobilismo em plena atividade no Rio de janeiro”. Para o presidente da confederação, Cleyton Pinteiro, a cidade precisava resgatar “as bonitas lembranças que sempre estiveram ligadas ao esporte à motor”.
O presidente da Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro, Djalma Neves, lembrou da incerteza dos últimos cinco anos, sem saber se poderia manter os calendários de provas nacionais e regionais e fez projeções otimistas: “estamos com o sentimento de vislumbrar um novo automobilismo, com autódromo em condições de receber categorias internacionais e kartódromo para gerar novos pilotos”.