quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quanto custa ser piloto? Categoria Super Sport Cup

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Na primeira matéria da série Quanto Custa, o internauta teve noção dos custos de "habilitação" e equipamentos, para se tornar um piloto. Nesse texto, vamos tratar dos custos de se participar de todo o campeonato da Super Sport Cup, a categoria NACIONAL que vem chegando para 2011.



Primeiro, vamos entender o que é e como funciona a categoria:

- Em Pernambuco, nasceu a CTM2000 que, com carros muito bem montados e competitividade em alta, chamou a atenção dos apaixonados por automobilismo do Brasil todo mas, por motivos administrativos não teve continuidade, ficando a extrutura parada e apenas 7 carros correndo em algumas provas do campeonato local. Conhecendo os carros e sabendo que estavam parados, a organização da SUPER SPORT CUP criou esse novo conceito no nosso automobilismo. Você pode estar se perguntando porque estamos falando de uma categoria nacional num site de regionais, e a resposta é simples: é mais barato correr nela, viajando o país, do que várias de nossas categorias do Paulista.

Com o slogan nasce para crescer, os promotores do evento avisam: "nosso negócio não é ganhar dinheiro dos pilotos, e sim do evento como um todo. O evento SUPER SPORT CUP, não é corrida de carros, mas um show no fim de semana da etapa (denominado ADVENTURE 3 DAY), com atrações que farão com que o evento tenha publico nas arquibancadas e nas áreas Vips."

A idéia é ótima, a estrutura parece ser muito bem montada, e os carros - que percorrerão autódromos do país em um calendário já definido - são desenvolvidos com chassi tubular, leve e com centro de gravidade baixo, muito próximo a um StockCar. Equipados com motores 2.0 (cat Master) ou 1.6 (cat Light) são potência pura, queimando o asfalto!

Aos detalhes:

- Estão previstas 11 etapas por ano, em baterias duplas;

- A disputa é dividida em duas categorias:

CATEGORIA SUPER/MASTER: Os carros terão motor 2.0, entre-eixos com injeção eletrônica, desenvolvendo cerca de 180 cv, a 6.200 rpm. seu chassi é tubular, com carroceria em fibra de vidro. a suspensão é link push (tipo fórmula) com amortecedores nacional, e pneus slick.

CATEGORIA LIGHT: Os carros terão propulsor de 1.6 cc, chassi tubular especialmente desenvolvido para a categoria, carroceria em fibra de vidro, e pneus radiais. seu conjunto mecânico leva o carro a atingir cerca de 200 km/h.

A organização limitou o grid a 35 carros para a categoria Super/Master e 45 carros para a categoria Light, para que tenha um espetáculo para mostrar, estruturado e com retorno garantido.


Além disso, na categoria Light é permitido ao piloto novato a participação juntamente com pilotos graduados A e B. Em breve a categoria lançará em parceria com clubes um curso de pilotagem para novatos com o intuito de oferecer uma qualificação aos mesmos.

Outro detalhe e a possibilidade de ter o carro dividido com outro piloto devido ao fato de serem 2 baterias por etapa, com classificação, pontos e podium separados conforme regulamento.
A única forma de se participar de uma temporada dessa categoria é "comprando uma vaga". Funciona assim: Chamado de sinal de assinatura de contrato, o piloto passa a ter a sua vaga garantida no campeonato inteiro. A vaga é do piloto, que pode "alugar" ou ceder a vaga para outro piloto, caso não pretenda participar de uma ou outra prova, ou até mesmo vendê-la definitivamente para outro interessado. O que não pode é ter a vaga e não colocar o carro na pista, o que fará com que se perca a vaga e o valor do sinal de assinatura já pago.
Então, vamos aos valores:
CATEGORIA SUPER/MASTER

R$ 4.730,00 de sinal na assinatura do contrato e 11 parcelas de R$ 8200,00 . Em cheques pré, cai o valor para 8.100,00, em boleto é mantido e com vencimento, ambos, 10 dias anterior a cada etapa.



CATEGORIA LIGHT

R$ 3.300,00 de sinal na assinatura do contrato e 11 parcelas de R$ 5.800,00 . Em cheques pré, cai o valor para 5.700,00, em boleto é mantido e com vencimento, ambos, 10 dias anterior a cada etapa.

... e só, mais nada! Os custos de participação tem tudo incluso: inscrição, pneus, combustível, preparação, treino, transporte dos carros, etc, ficando na responsabilidade do piloto o custo de sua viagem, hospedagem, quebras por erro e batidas.
Mas se mesmo assim, você está achando o esporte caro, saiba que existem muitas empresas que têm essa verba destinada a marketing, e com boa negociação, o amigo leitor pode correr "de graça", representando uma marca (ou várias). Tudo é questão de negociação de patrocínio. Vale lembrar que o piloto tem o direito de exploração de 65% do carro para exibição das marcas que o apóiam, e para cada etapa, a organização oferece premio aos pilotos conforme regulamento baseado no percentual de arrecadação de patrocínios da categoria.
Para encerrar, palavras da organização, disponíveis no site da categoria:
"A categoria foi feita com as melhores estratégias de desenvolvimento técnico, publicidade e com o evento já fechado com transmissão pela TV em rede nacional, além da mídia espontânea de cada região e do trabalho árduo e crescente na internet e na mídia impressa própria. A idéia é que o evento permita ao piloto transformar sua participação em lucro"

Final das contas: uma categoria nacional, com mídia profissional, a custo de regional.







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